quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Minicurso Arte e Relações Internacionais na UFPB

O PUA/GEPASM realizou, a convite da Profa Xaman Korai (UFPB), na IV Semana Acadêmica de Relações Internacionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ocorrida de 08 a 12 de junho de 2015, o Minicurso de Arte e Relações Internacionais.
O curso tratou de contextualizar as abordagens teóricas que mais possibilitam a inserção da arte como instrumento de empoderamento, capacitação e expressão. Foi realizado em dois dias, 10 e 11. Os facilitadores foram: Luís Eduardo Santos de Oliveira Ramos, Arthur Muniz Fernandes, Suerda Gabriela Ferreira de Araújo, Kalyandra Ferreira, Luan do Nascimento Silva, e Paulo Kuhlmann, todos com envolvimento com alguma abordagem artística e estudos na área.
O objetivo do mini-curso foi de explorar o potencial da Arte em três dinâmicas: a da comunicação emocional entre as pessoas e grupos, na reconciliação entre grupos divididos por conflitos, e na emancipação e reconstrução de grupos ou pessoas em situações de vulnerabilidade social ou pós-conflito. A ideia é que a arte traga um contexto de re-conhecimento de si e do outro, como também de reconstrução das relações, de entendimentos e de transformações sociais.

Este minicurso teve o foco nos trabalhos de Paul Lederach e de Lisa Schirch, bem como de Cynthia Cohen, a respeito do potencial da Arte na Construção de Paz, dentre outros teóricos, como também de teóricos com visão da Arte como base para o empoderamento, como Augusto Boal (estética do oprimido e teatro do oprimido), que é amplamente trabalhado em contextos internacionais, como em Boom e Plastow. Estas abordagens aproximam-se do viés da Teoria Crítica nas Relações Internacionais, mas não se distanciam também das dimensões dos Estudos de Paz na Construção de Paz pela base (Peacebuilding from Below).

O primeiro dia mostrou algumas abordagens da Arte em situações de conflito, como o trabalho dos Payasos sin Fronteras, e o de Théatre & Reconciliation, de Frédérique Lecomte, e realizou  exercícios corporais de meditação em movimento, bem como dinâmicas de aproximação do grupo. Posteriormente, realizou-se um exercício de Teatro Fórum.








No final do dia, foram apresentadas várias situações de conflito e crise, em que os participantes, divididos em grupos, deveriam criar "soluções artísticas". Todas as crises eram situações reais, que soluções artísticas reais tinham sido criadas.




No segundo dia, foram apresentadas as soluções artísticas propostas pelos grupos, bem como as soluções reais implementadas.

Foram momentos muito agradáveis, de uma abordagem diferenciada, no campo das Relações Internacionais, no Brasil.



Agradeço a todos que colaboraram na arrumação da sala, nos meios proporcionados, e também aos facilitadores, sem os quais o minicurso não seria tão bom. Ah, e aos participantes!!!!



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